sábado, 24 de dezembro de 2011

A Releitura de Personagens Nacionais

Estou participando de um grupo no Facebook chamado "Releitura de Personagens Nacionais". A proposta dos caras é pegar um monte de super-heróis nacionais ruins e antigos e fazer deles uma coisa nova, algo como o que Alan Moore fez com Watchmen há 20 anos atrás.

Sou meio cético quanto à viabilidade do projeto (esses personagens eram muito ruins e ninguém mais se lembra deles: é como querer forjar um passado que não tivemos, o de quadrinhos de heróis). Mas parece legal como exercício de imaginação,e eu deixei lá meus palpites, no seguinte comentário:


Não entendi direito como vai funcionar essa releitura. Qualquer um aqui pode pegar um personagem brasileiro antigo e oferecer sua releitura?


A maioria desses super-heróis era muito ruim. Vi o Alberto Jesús reformado pelo Bruno e percebi uma toada meio Watchmen na coisa toda, ou pelo menos como o Alan Moore preconizou a sua reformulação dos heróis da Charlton. O problema de criar novos personagens que remetam àqueles é que NINGUÉM MAIS CONHECE Raio Negro, Hydroman, Homem-Lua e outros desses...Pelo menos não o público leigo.


Mas acho a ideia de reimaginá-los legal, e acho que vocês poderiam manter uma coisa que o próprio Moore propôs no Watchmen: o tempo cronológico, real, sendo igual ao tempo fictício.




Isso dá um contexto interessante, se pensarmos que a maioria desses personagens foi criada no contexto da Ditadura Militar. Porra, o Raio Negro é de 1965, e ele era piloto da FAB! - Ele era um militar. O Background que isso pode gerar é muito legal.


Outra coisa que poderia ser utilizada são a relação desses heróis em um mundo super-heroico. Se no Brasil há super-heróis, fora dele também deveria haver. Qual seria a relação do Brasil com essa onda super heroica que veio de fora? Talvez em 1938 um Super-Homem tenha surgido nos Estados Unidos e causado grande impacto. Talvez nós nunca tenhamos ouvido falar disso, imersos em uma ditadura que ocultava e manipulava informações (O DIP, o Estado Novo de Getúlio). Talvez na década de 60 tenham surgido os primeiros, diretamente associados aos militares (o Raio Negro o maior exemplo).

3 comentários:

  1. Tinha que pegar esses personagens e dar uma roupagem nova pra eles, salvo mantendo o nome original. Tipo o que fizeram com a Luluzinha Teen. Se não fosse o nome dos personagens, eu diria que é uma obra 100% original.

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  2. É que diferente da Luluzinha, Fabiano, estes personagens nunca funcionaram.

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