quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

A Grande Saga da Tormenta


Em 1999 saía o primeiro manual de RPG do cenário Tormenta: continha regras para Advanced Dungeons and Dragons (a segunda edição do D&D) e descrevia o Mundo de Arton, um continente assolado por uma tempestade mística de ácido e demônios que mais pareciam crustáceos (que dá nome ao cenário) Na verdade, apresentava apenas algumas das cidades principais do cenário e suas principais ameaças - como a já mencionada Tormenta e um exército de goblinoides que dominara os reinos do sul, a Aliança Negra.

O cenário cresceu e se desenvolveu: hoje se conhece todos os reinos de Arton, todos os seus deuses, guerras e grandes sagas. Um cenário completo, cuja maior qualidade, a meu ver, é oferecer milhares de opções - você pode interpretar desde um nobre cavaleiro, clássico, ser um samurai honrado, ou chutar o balde e ser um pistoleiro no melhor estilo western. Ou tudo isso junto!

Mas quando começamos a jogar mal havia Arton. Foi em 3 de Janeiro de 1999, com uma aventura publicada na Dragão Brasil 44, chamada Holy Avenger.


Foi aí que começou a nossa Grande Saga de Tormenta.

Corwin em Gurps: É...até que não é tão diferente do atual. 
A primeira aventura tinha como objetivo impedir que Mestre Arsenal, um infame colecionador de armas e itens mágicos trouxesse de volta à vida o Deus das Serpentes e da Traição, Sszass. Para isso ele precisaria cumprir três rituais. No entanto, os heróis não permitiriam que ele fizesse isso tão facilmente.

Eram quatro heróis: Dimitri de Ragneon, um Paladino do Deus da Justiça Khalmyr; Hen Leon, um guerreiro, soldado do reino de Deheon;  Kaine McCoy, um habilidoso ladrão, e Corwin Bearclaw (aquele velho conhecido de quem já jogou GURPS: o jogador chegou atrasado e não teve tempo de preparar uma ficha...).

Pouca coisa se sabia até então: Kaine e Corwin eram dois mercenários, que haviam se enfrentado em alguma guerra há 10 anos atrás e agora eram parceiros. Por algum tempo, Corwin também lutou ao lado de Hen Leon nas fileiras do exército, mas largou tudo para se tornar um mercenário. Dimitri também havia conhecido estes aventureiros em uma guerra do passado, mas não era nem um soldado de Deheon (Como Corwin e Hen Leon) e tampouco um mercenário (como Kaine).

O fato é que nesta aventura os personagens quase falharam ("estou rodeado por incompetentes!") e Sszass quase retornou ao mundo. Mas o maior dos heróis de Arton, o Paladino, apareceu para dar uma força: No confronto final todos enfrentaram Arsenal quase em pé de igualdade, graças à Aura de Coragem emanada pelo Paladino.  O vilão recuou, com promessas de que voltaria um dia...

Desde então, este grupo continuou se aventurando. Em algum ponto, Hen Leon voltou para seu posto no exército;  Mas  Kaine e Corwin continuaram sua vida de mercenários, agora sob observação do paladino Dimitri, que os impelia a sempre buscar justiça. Um dia, eles bebiam na Taverna Fireball, situada em Valkaria, quando um aventureiro chamado Red Scarlet apareceu em seu caminho e se juntou a eles.

A jornada teve baixas: Dimitri abandonou o grupo, mas outros heróis como Clahan Pray (um velho amigo de Corwin, Clérigo de Khalmyr) , Wild Wolf  (um selvagem discípulo de Red Scarlet) e Hiramu (um corajoso samurai) uniram-se aos heróis. 

Dez anos depois, Kaine, Corwin,  Red Scarlet e Wild Wolf são considerados, junto com os libertadores de Valkaria (falaremos destes outro dia) os maiores heróis de toda a Arton (e de outros planos)

Pelo menos em nossa campanha.

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